PESSOAS ligadas às atividades comerciais, políticas e sociais de nossa terra, lamentavam a falta de Bragança não possuir uma BANDA DE MÚSICA, enquanto outros municípios do Pará, de menor expressão política, econômica e cultural, já dispunham de seus MÚSICOS.
NAS festas realizadas no CLUBE DOS VINTE E DOIS, cuja sede social funcionava onde se encontra, atualmente, o HOTEL CARIOCA, tendo a frente o Presidente RENATO BONFIM DE ALMEIDA, gerente do BANCO DO BRASIL S/A, que funcionava na atual PROTETORA DOS POBRES, o assunto dominante era a criação da BANDA DE MÚSICA DE BRAGANÇA.
NOS finais de semana no BAR SOBERANO, que funcionava no mesmo local da AGÊNCIA DO BRASIL, que pertencia ao senhor RAIMUNDO PINHEIRO, o popular DICO PINHEIRO, onde se concentrava a “high society” bragantina, o assunto era sempre o mesmo.
ESTAVA terminando os anos de 1945, após o final do conflito internacional que imortalizou os PRACINHAS da FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA, quando a SOMENTE da criação da BANDA DE MÚSICA frutificou.
O TRABALHO da consecução de meios financeiros para a criação da BANDA DE MÚSICA teve um grande líder: ARMINDO RIBEIRO DA SILVA, que era proprietário do HOTEL LUSITANO, que funcionava no mesmo local em que se encontrava a ESQUINA DO FRANGO, na confluência da Rua General Gurjão com a Travessa Vereador Marcelino Castanho.
Mesmo sendo filho de PORTUGAL, bragantinizou-se e passou a defender os altos interesses do Município, somando seus anseios com os ideais de bragantinos, que tinham o mesmo sonho acalentado: BANDA DE MÚSICA DE BRAGANÇA.
O ano de 1946 foi de uma constante busca, de conversas, de análise das possibilidades da função de nossas Bandas de Música, a fim de serem aproveitados os valores que Bragança possuía, que tinham o seu aprendizado com os velhos SANTURNINO GONÇALVES, o SATUCA do SAXOFONE, que fazia as festas bragantinas, na cidade e no interior, quando as aparelhagens sonoras não existiam para esta região.
Em todos os locais em que se reunião os comerciantes, as autoridades, as pessoas gradas de nosso meio social, fundação da BANDA DE MÚSICA era o prato preferido e básico para alongar uma gostosa conversa.
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